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Número de novos negócios no setor de refrigeração cresce 200% em 12 anos

24/04/2025

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Pouco mais de uma década separa dois grandes eventos internacionais sobre desenvolvimento sustentável realizados no Brasil: a Rio +20 e a COP 30. Nesse período, a emergência climática tomou conta das agendas globais, mas também se impôs no dia a dia da economia e dos empreendedores brasileiros. Levantamento feito pelo Sebrae a partir de dados da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) mostra que, de 2012 a 2024, o número de novos pequenos negócios abertos para operarem com instalação hidráulica e sistemas de ventilação e refrigeração (CNAE 43.22-3) saltou de 8.991 – sendo a maioria, 7.050, de microempreendedores individuais (MEI) – para 26.854 pequenos negócios (24.069 MEI), o que representou um crescimento de 200%.

Este ano, somente entre os meses de janeiro e março, já foram registrados 10.500 pequenos negócios na atividade, segundo o painel Data Sebrae.

Para a analista de Competitividade do Sebrae Nacional Juliana Borges, a possível causa desse aumento significativo de pequenos negócios na atividade está na crescente demanda da população por conforto térmico e pela conservação adequada dos alimentos diante das altas temperaturas.

Os efeitos das mudanças climáticas na natureza são visíveis e isso se reflete na vida das pessoas e, consequentemente, na dinâmica da economia.

Juliana Borges, analista de Competitividade do Sebrae Nacional.

O ano passado foi o mais quente da história, com elevação da temperatura média global acima do limite de 1,5º. No Brasil, de acordo com o pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), o verão 2024-2025 foi um dos mais quentes desde 1961.

Futuro dos negócios

Juliana acrescenta que as mudanças climáticas já impactam o futuro dos negócios há muito tempo, conforme indica o monitoramento dos limites planetários para a sobrevivência da humanidade, realizado pelo Centro de Resiliência de Estocolmo, na Suécia. Segundo ela, o assunto foi priorizado nas discussões do Acordo de Paris, considerado o mais importante pacto climático global da atualidade, firmado em 2015, durante a COP 21, na capital francesa. E, cada vez mais, tem sido referenciado nos diálogos sobre o assunto, pois os desafios climáticos foram agravados.

A analista do Sebrae Nacional acrescenta que, no Brasil, o uso de equipamentos no país pode chegar a 15 anos, sendo que nos pequenos negócios o uso de equipamentos de segunda mão para refrigeração e climatização é bem comum, podendo extrapolar essa média de uso dos equipamentos em até 10 anos.

Diagnóstico recente feito pelo Sebrae aponta que a verificação da eficiência e bom uso de equipamentos de climatização e refrigeração são aspectos fundamentais na saúde financeira de pequenos negócios.

O levantamento mostra que 33% da redução de custos do negócio pode estar na climatização, verificando se o equipamento está sendo usado corretamente e com a manutenção em dia. No caso da aparelhagem, o percentual sobe para 53%.

Juliana Borges, analista de Competitividade do Sebrae Nacional.

Ela acredita que essas duas oportunidades de gerenciamento de consumo e custos estão atraindo profissionais cada vez mais preparados e disponíveis no mercado. A analista acrescenta que, no Brasil, o uso de equipamentos pode chegar a 35 anos. “Além da instalação de aparelhos, como ar-condicionado, há também a necessidade de manutenção”, explica.

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Demanda do setor público

A contratação de MEIs pelo setor público como fornecedores também é uma forma de garantir a prestação desses tipos de serviços para profissionais de instalação e manutenção de equipamentos de ar-condicionado.

Lançada há dois meses, a plataforma Contrata+Brasil foi desenvolvida para aproximar e facilitar a contração pública desses empreendedores. Ao se cadastrar gratuitamente, o MEI consegue acessar chances de trabalho em órgãos e entidades públicas – como prefeituras – que solicitam a prestação de serviços diretamente na plataforma.

No momento, há duas oportunidades para instalação e reparação de centrais de ar-condicionado, ventilação e refrigeração, sendo uma no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano, em Salvador, e outra chance de trabalho na prefeitura de Campo Largo, no Paraná.


Fonte: Agência Sebrae

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